Maior navio de guerra da América do Sul, que será enviado para o Rio Grande do Sul. — Foto: Laurene Santos/TV Vanguarda
A Marinha do Brasil informou nesta segunda-feira (6) que vai enviar o maior navio de guerra da América Latina para ajudar a população do Rio Grande do Sul. O objetivo é auxiliar no resgate às vítimas ilhadas e no transporte de suprimentos pelas vias alagadas.
Segundo a Marinha, o "Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) 'Atlântico'", o Capitânia da Esquadra brasileira, sairá da Base Naval do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (8) com destino à cidade de Rio Grande, no litoral do Rio Grande do Sul.
O navio levará oito embarcações de médio e pequeno porte e duas estações móveis para tratamento de água. Em 30 de abril, a Marinha enviou oito lanchas para o Rio Grande do Sul.
A Marinha também anunciou o envio de 40 viaturas e 200 militares para atuarem na desobstrução das vias de acesso, além de equipes de apoio à saúde formadas por médicos e enfermeiros.
Nesta terça (7), três aeronaves da Marinha serão deslocadas ao Rio Grande do Sul. No dia seguinte — mesmo dia em que o "Atlântico" será deslocado — outra embarcação enviará doações para o estado.
Situação no RS
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou para 85 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado. O boletim divulgado no início da noite desta segunda ainda aponta que há outros 4 mortes sendo investigadas. O estado registra 134 desaparecidos e 339 feridos.
Segundo a Defesa Civil do estado, há 201,5 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 47,6 mil em abrigos e 153,8 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).
O Rio Grande do Sul tem 385 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,178 milhão pessoas afetadas.
A previsão de chuva para a partir da metade desta semana em áreas já castigadas por temporais volta a deixar o estado em alerta. Imagens feitas pelo satélite Amazônia 1, operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e obtidas com exclusividade pelo g1 mostram uma visão em escala do antes e depois da maior tragédia do Rio Grande do Sul.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), por exemplo, decretou o racionamento de água na cidade. Com o desligamento de uma estação de tratamento durante a tarde desta segunda, cerca de 85% da população está desabastecida pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
G1