Metralhadoras como os modelos furtados do Exército em Barueri costumam ser desviadas e usadas por criminosos em ataques a carros-fortes e roubos a bancos no país. Esse tipo de arma é de uso restrito do Exército brasileiro.
O que diz o Exército
Apesar de ter confirmado o furto das 21 armas em Barueri, o Exército alegou que elas são "inservíveis", ou seja: não funcionavam, e passariam por manutenção. Além disso, a corporação informou que irá apurar internamente o que ocorreu por meio de um inquérito policial militar.
O desparecimento das armas ocorreu na mesma semana que o comandante do Exército no Brasil. general Tomás Ribeiro Paiva, visitou quartéis do estado de São Paulo. Ele não esteve em Barueri, onde ocorreu o furto das metralhadoras.
Fontes da reportagem avaliam se o sumiço do armamento ocorreu por alguma falha da segurança do Arsenal de Guerra ou se tem algum militar envolvido no furto.
Veja abaixo a íntegra da nota do Comando Militar do Sudeste (CMSE) sobre o caso do furto do armamento em Barueri:
"
O Comando Militar do Sudeste informa que, no dia 10 de outubro de 2023, em uma inspeção do Arsenal de Guerra de São Paulo, foi verificada uma discrepância no controle de 13(treze) metralhadoras calibre.50 e 8 (oito) de calibre 7,62, armamentos inservíveis que foram recolhidos para manutenção. Imediatamente, foram tomadas todas as providências administrativas com o objetivo de apurar as circunstâncias do fato, sendo instaurado um Inquérito Policial Militar.
Toda tropa está aquartelada de prontidão (cerca de 480 militares), conforme previsões legais, para poder contribuir para as ações necessárias no curso da investigação. Os militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação.
Os armamentos são inservíveis e estavam no Arsenal que é uma unidade técnica de manutenção, responsável também para iniciar o processo desfazimento e destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada".
Fonte:G1-PR